A VELHA MALA... #52SEMANASDEGRATIDÃO

Nessa velha mala eu guardo, não só minhas lembranças, como minhas inspirações, minhas gratidões e também ingratidões...
Guardo as boas lembranças dos que moram no plano de cima...
Já guardei muitas tristezas, muitas dores, minhas angústias (mas achei por bem desapegar delas e as deixar ir...)

Já colecionei amores... Os que deram certo e também os que não deram... 
Mas depois resolvi jogar toda essa coleção no lixo do esquecimento.
Nessa velha mala hoje eu guardo o meu coração... Nele tem apenas um amor, meio combalido, meio triste e talvez retalhado;
não pelas facas da vida, mas pelas decepções, incertezas, dúvidas, ressentimentos...
Resolvi guardar o coração na mala, porque não quero mais amar. Dá muito trabalho, muita dor... 
Estou preferindo o silêncio, o pulsar da respiração...

Desisti dessa busca insana pela FELICIDADE, quando compreendi essa frase profunda do Dalai Lama.
Não precisamos buscar a felicidade, pois que ela está dentro de nós mesmos... São as nossas ações que nos trazem a felicidade simples... não é tão difícil aceitar essa verdade... Essa decisão eu guardei dentro da mala...

Na mala também cabem flores... Flores estas, que colhi ao longo da minha viagem até aqui... algumas já viraram pó (mas ainda resta um vago perfume), outras murcharam, mas permanecem perfeitas em sua essência... E as outras ainda estão viçosas (os conhecimento adquirido ao longo do meu caminhar até aqui...)

Esse conhecimento árduo que guardei por último, costuma nortear os meus passos atuais... NADA É POR ACASO EM NOSSA VIDA, tudo previamente traçado em nossa jornada de evolução, por isso quando coloco a cabeça no travesseiro (seja a qualquer hora do dia ou da noite), sempre agradeço a Deus... 
E a frase que hoje permanece em minha mente:
NÃO FAÇA AOS OUTROS O QUE NÃO GOSTARIA QUE LHE FIZESSE.

Guardo sempre comigo na mala... na velha mala...