quinta-feira, 7 de maio de 2009

Violência na Escola: o que podemos fazer para evitar?



A violência nas escolas cresce assustadoramente a cada dia. Todos os dias quando abrimos um jornal ou revista, há manchetes como essas:

"ALUNO PÕE FOGO NO CABELO DA PROFESSORA"

"ALUNA AGRIDE A PROFESSORA E A DEIXA EM ESTADO DE COMA"

Dessa forma onde iremos parar? A Escola é uma instituição de ensino criada para dar Educação, Disciplina, Ética e Moral às crianças, adolescentes e adultos que a frequentam. Mas o que se vê nas Escolas hoje em dia é "de cair o queixo".
A banalização da violência tornou-se corriqueira. Os professores não encontram mais dentro do ambiente de trabalho, a tranquilidade que havia para ministrarem seus conteúdos escolares. Paira o medo e a incerteza dentro da Escola. Muitos professores abandonam seus empregos por não se sentirem seguros dentro do ambiente escolar.
Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Educação (MEC) relata que os problemas disciplinares apresentados pelos alunos são o segundo pior dilema diagnosticado pelas Escolas de Ensino Fundamental. Perde somente para a Insuficiência de recursos financeiros. Nada menos do que 64% dos diretores de colégios estaduais pesquisados pelo Ministério, 53% dos municipais e 46% dos privados relataram que a indisciplina é uma das suas maiores fontes de preocupação.
Especializada em violência, a psicóloga e psicanalista gaúcha Mari Gleide Maccari Soares diz que o grande fantasma nos colégios até uma década atrás era a droga. Agora é a violência, muitas vezes causada pelo uso de entorpecentes.

Em todos os Estados do Brasil, ocorrem esse tipo de violência.No RS, mais precisamente em Vacaria, ocorreu uma tragédia que nem de longe é um episódio isolado no meio de tanta violência. Um professor de uma escola técnica Ozório Alceu Felini, 45 anos, morreu em decorrência das facadas dadas por um aluno dessa escola.
O educador tentava apartar uma briga entre duas alunas, quando foi esfaqueado supostamente por um rapaz de 18 anos, estudante do Ensino Médio.


Em MG, um adolescente de 14 anos foi apreendido pela polícia com um revólver calibre 38, dentro de uma escola no bairro do Morro Alto, em Vespasiano, região metropolitana de Belo Horizonte. A denúncia partiu da diretora da escola, que acionou a polícia.

Para se evitar tanta violência, uma atitude deve ser tomada pelas direções escolares. A autoridade do professor - tem que ser restaurada. Mais com diálogo do que com repressão, mas o sagrado direito de comandar a aula deve voltar a imperar.

Uma outra pesquisa divulgada recentemente pelo Ibope e pelo Movimento Todos pela Educação, aponta que professores mal pagos e desmotivados seriam os principais problemas do Ensino Público Brasileiro.
Em 70% de dois mil entrevistados o ensino no Brasil é bom. Regular ou ruim (35%). Péssima (13%) e Ótima (7%).
A boa remuneração salarial é o principal fator de motivação de trabalho do professor. Cabe ao governo, criar políticas salariais que façam o professor permanecer em sala de aula, não só por amor a profissão; mas para transmitir seus conteúdos aos alunos de forma segura e com tranquilidade.
A escola precisa deixar de ser uma prisão. A retirada das grades, trancas, que a fazem parecer como tal, depende não só da educação da sociedade em geral como também da conscientização dos pais desses alunos que causam problemas na Escola. Muitos pais fecham os olhos diante das violências cometidas por seus filhos e culpam os professores e até os diretores da escola!
Outro dado importante da pesquisa aponta que a população está preocupada com a violência dentro da escola. A falta de segurança e a presença de drogas no ambiente escolar, é o segundo principal motivo apontado pela má qualidade do ensino.

Um comentário:

Fatima Cristina disse...

Oi Mylla,
Obrigada por você ter colocado em post um tema tão importante e tão preocupante como este. Onde vamos parar? Boa pergunta.
Primeiro temos de combater a violência individual, familiar, para depois podermos falar sobre a mesma no ambiente escolar. A resposta ao problema se encontra em cada um de nós. Temos de negar qualquer espécie de violência sempre!
Abraços,
Fatima

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